Horta na Rua: Um exemplo a ser seguido por outras escolas

Aí está um projeto que foi desenvolvido por uma escola particular de educação infantil de Palhoça, em Santa Catarina, que merece ser divulgado e colocado em prática por outras escolas também. A educação vai muito além do livro didático e das tarefas realizadas com papel e caneta. A educação é experiência e experimento. Sabe aquela frase que diz, “é fazendo que se aprende!”, aí está o bom exemplo disso.

Parabéns pela iniciativa desta escola. Abaixo segue o texto na íntegra que foi divulgado pela escola CELS em seu Blog.

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Seu filho come verduras? Questionamos sempre porque as crianças não querem comer verduras, não é mesmo. Mas esta atitude muitas vezes vem do próprio exemplo dos adultos. Você persiste em ofertar verduras todos os dias? É cada vez mais comum as crianças dizerem o que querem comer e os adultos cedendo, mas sempre se questionando como mudar esse costume.

Uma atividade diferente no Centro Educacional Lívia Salgado – CELS encontrou uma forma simples e prazerosa, onde através de atividades lúdicas, os professores passam conhecimentos importantes e novos hábitos para as crianças.

Ao invés de uma simples jardineira no entorno da escola, que de tempo em tempo irá florir, eles criaram um espaço na calçada e nela cada criança plantou uma verdura. Todos os dias uma turma era responsável por retirar os matinhos e regar as mudas. Quando ficaram prontas, cada um também pode colher a sua hortaliça.

Horta na rua é mais um projeto do CELS em Palhoça

Quanto conteúdo e quanta aprendizagem fora dos livros

Para a psicopedagoga e diretora do CELS, o aprendizado baseado no contato direto com o alimento e a natureza trabalha capacidades
e habilidades, valores e atitudes, sob os mais diversos aspectos do conhecimento. “Proporcionar conhecimento além das apostilas e livros é o que as crianças mais precisam, e o que de fato é o papel de uma escola de educação infantil. Este tipo de conhecimento é levado para toda vida”, enfatiza Lívia.

Nas atividades práticas as crianças aprendem a dividir no momento em que estão organizando as mudas e a escala de serviços. Aprendem o poder da paciência, pois tudo tem o seu tempo. Aprendem que é preciso ser persistente, ainda mais quando existem surpresas, como o ataque das formigas carregadeiras. “Quando vimos as formigas, ficamos espantados com tamanha organização e agilidade que este pequeno ser tem. Aprendemos neste momento que a união faz a força e assim conseguimos vencer as danadinhas”, lembrou Lívia Salgado.

As crianças aprenderam ainda que o mesmo sol que fortalece as plantas, em excesso também podem matá-las. Que a água também é muito importante e deve ser utilizada na medida certa. Na hora de regar, cada um com seu copinho regando e cuidando carinhosamente, assim como também as crianças crescem cercadas de amor por suas família. Quanto conteúdo e quanta aprendizagem fora dos livros!

Aprendendo na prática

E como aprender a diferença das cores, formatos, texturas? Melhor que ver nos livros é vivenciar na prática. As cores também foram trabalhadas a partir do crescimento das mudas. Derrepentemente o verde claro, ficou escuro, uma cor estranha se tornou roxo com partes verdes, o marrom da terra muda de tom se está seco ou molhado. Sabe o que mais eles aprenderam? Diferenciar as mudas pequenas, dos espertos matos que nasciam com força total.  E tudo isso começou quanto? No momento mágico que é apertar a terra na raiz de uma sementinha e em uma pequena mudinha.

E nos dias de colheita? Pura alegria!  Ver que todo trabalho valeu a pena. Que aquela pequena mudinha transformou-se numa linda hortaliça pronta para ser consumida. Um alimento desejado e que foi consumido por todos. Por todos? “Sim, todos queriam saber qual o gosto de cada verdinho da nossa Horta de Rua. Foi assim que estimulamo as crianças a experimentar coisas novas e saudáveis”, salientou Lívia.

 

O que os pais dizem da ação “Horta na Rua”

Para Vânia Monteiro, mãe do Rafael, aluno do terceiro período, a atividade merece ser repetida mais vezes. “O Rafael sempre negou provar alface, mesmo eu oferecendo seguidas vezes. Quando ele chegou em casa e disse que a alface da escola era bem crocante e que eu deveria experimentar, isso muito me alegrou”, afirma Vânia. Ela ficou ainda mais feliz quando pode levar um pé de alface roxa pra casa pra experimentar junto com o filho. A mesma alegria foi vista nos pais de outras crianças que frequentam a escola, justamente por saber que seus pequenos estão sendo incentivados a consumir alimentos saudáveis.

Horta na rua, projeto do CELS em Palhoça

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