Evento surpreende público pela riqueza de conteúdo e presença de palestrantes de renome no mercado
O segundo dia do South Summit Brazil, em Porto Alegre, manteve o ritmo de networking potencializando conexões e negócios entre empresas, startups e fundos de investimentos. Nomes importantes do empreendedorismo e da inovação nacional e internacional marcaram novamente presença à beira do Guaíba. Cerca de 11 mil pessoas passaram pelo evento nesta quinta-feira (30) para conferir as 385 palestras, debates e ações paralelas.
Entre os speakers que se destacaram nesta quinta-feira estão Jeff Clavier, fundador da Uncork Capital que falou sobre o tema Do Vale do Silício para o Mundo; Maria Rita Spina Bueno, fundadora da Anjos do Brasil e criadora do MIA (Mulheres Investidoras Anjos); Daniel Randon, presidente da Randon S.A; Marco Stefanini, CEO e fundador Grupo Stefanini; João Humberto Falcão Martins (Fundação Dom Cabral), Eduardo Lorea, fundador e CEO da Numerik; Paulo Boneff, head global de Responsabilidade Social da Gerdau; e Gabriela Comazzetto, head global Business Solution Latam e Brasil da TikTok.
Paralelamente, no Auditório Araújo Vianna, foi realizado o South Summit Next Gen, evento que reuniu 3000 alunos e professores da rede municipal de educação que conversaram com Gabriela Comazzetto, Celso Athayde, fundador da organização social Central Única das Favelas (Cufa), e Zé Mário Sperry, campeão mundial de jiu jitsu e fundador de uma escola que ensina o esporte em várias partes do mundo. Nesta atividade, eles contaram experiências pessoais e profissionais relacionadas aos negócios e setores em que atuam, abordando também o tema da inovação.
Operacionalizada pela Trashin, startup gaúcha que promove a economia circular, a gestão de resíduos da coleta do primeiro dia do evento. Cerca de 40 pessoas foram treinadas para descartar corretamente os resíduos de 500 lixeiras de papelão reciclável. Foram coletadas cerca de três toneladas de resíduos recicláveis, uma tonelada de rejeitos e aproximadamente 500 quilos de resíduo compostável.
José Renato Hopf, presidente do South Summit Brazil, festeja o balanço dos dois primeiros dias de conferências: “Não se constrói nada grande sozinho. Todos aqui são responsáveis pelo que vivemos e veremos nesses dias”.
Muito à vontade na capital gaúcha, a idealizadora do South Summit, a espanhola María Benjumea, não disfarça a empolgação com a segunda edição brasileira: “Estou muito emocionada com a transformação que estamos fazendo juntos. Temos um planeta que precisamos cuidar. Me sinto como uma gaúcha de Porto Alegre.”
Thiago Ribeiro, CEO do South Summit Brazil, está motivado com a qualidade dos projetos das startups finalistas: “O número de startups inscritas na Competição mostra a credibilidade que conquistamos no mercado e a capilaridade que o South Summit consegue ter em mercados tradicionais em não tradicionais. Em relação ao cenário brasileiro, o momento é especial, bons projetos e iniciativas inovadoras vão continuar tendo espaço e ocupando a cena com seus produtos e serviços. Eu sou bastante otimista por natureza e acho que, cada vez mais, teremos momentos pujantes, consistentes e, principalmente, apresentaremos um ecossistema cada vez mais maduro, despertando não só confiança mas também o interesse do mundo inteiro pelo que está sendo desenvolvido por aqui.”
Mulheres no mercado de capital de risco ajudam a aumentar representatividade entre startups
Em segundo dia de evento, investidoras comentam suas trajetórias e apontam a necessidade de investimentos em diversidade para estimular a inovação
Quando Maria Rita Spina Bueno, fundadora da Anjos do Brasil e criadora do MIA (Mulheres Investidoras Anjos), entrou no mercado de venture capital, os debates sobre diversidade dentro do ecossistema de tecnologia e inovação tinham um público pequeno, composto principalmente por mulheres. Hoje, 30 de março de 2023, segundo dia do South Summit Brazil 2023, o cenário é outro: a plateia estava cheia e composta também por homens. “Se a gente quer falar de inovação, precisamos de diversidade não só de gênero, mas de raça. Gente igual pensa igual”, afirma no painel “Woman Paving the Way for Other Woman: The importance of Female Representation in Finance”, onde foi acompanhada por outras investidoras de diferentes perfis.
O caminho que leva outras mulheres ao empreendedorismo e ao capital de risco ainda está em pavimentação e o momento é pelo engajamento pela causa. Ana Martins, sócia do Atlantico, que investe em startups na América Latina, começou a carreira em investimentos quando estava no segundo ano da graduação. Na carreira, dois foram os desafios: além de mulher, é jovem. Martins encontrou suporte entre os outros cinco empresários que estavam com ela no fundo. “Um deles dizia que iria me ajudar a ‘hackear o sistema’, para eu colocar os pontos que me importavam para quem está do outro lado da mesa”.
O espaço das mulheres no mercado de tecnologia e inovação, que começou a ser aberto por mulheres como Maria Rita e conta com a presença de jovens como Ana Martins, tem também uma série de outras investidoras. Livia Brando, diretora de venture capital na VOX Capital, explica sobre os fundos que lidera: “O nosso foco é de impacto. Nós olhamos para além de gênero, mas para o impacto com um recorte também de raça”. A percepção é que há mais empreendedoras nas fases iniciais de uma startup, mas o número se reduz em séries A e B. “Precisamos levá-las a alcançar estágios avançados em suas empresas”.
Esse movimento de mulheres em negócios dá uma atenção maior também às consumidoras. “É importante entender que as mulheres são 50% da população e que o mercado voltado para elas existe. Ter pessoas na mesa com experiência sobre esses produtos é importante”, lembra Ana Martins. Quando ela recebeu em mãos a carteira da Sallve, marca de produtos sustentáveis para cuidados com a pele, os seus sócios enxergavam poucas chances de seguir com a negociação. Mas, como mulher, Martins entendeu o potencial da empresa e pediu duas semanas para estudar o investimento. “É o negócio de que mais me orgulho”.
Com experiência de anos na área de tecnologia e inovação, Maria Rita aponta que, “por mais que você consiga se mover nesse ambiente com a maioria de homens, cansa. E com isso nosso potencial pode passar despercebido e ser difícil usar a própria voz”. Para melhorar esse cenário surgem os fundos de investimento e vagas afirmativas voltadas para investidoras e empreendedoras. “São poucas mulheres na área de investimentos, mas isso está crescendo. Mais mulheres dão o cheque, por mais que seja um ecossistema fechado e difícil de entrar”, complementa Livia Brando.
Todo planejamento e operação são guiados pelo Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa em âmbito mundial, do qual o South Summit é membro. O South Summit Brazil é correalizado com o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, que garantirá sua atuação em Porto Alegre até 2027, com o apoio da Prefeitura de Porto Alegre.
Para saber mais sobre o South Summit Brazil 2023 acesse o site oficial.
Informações: Assessoria de imprensa South Summit