TURISMO CULTURAL: O PATRIMÔNIO HISTÓRICO NOS DESTINOS TURÍSTICOS

Como a valorização do patrimônio histórico pode valorizar o destino turístico e a proposta de parcerias para diversificar as fontes de receita foram destaque no congresso do Brasil Convention em Brasília. 

A cultura e o patrimônio histórico são as principais atrações no turismo cultural, que atrai turistas em todo o mundo. A presidente do Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Kátia Bogéa, falou sobre a situação do Brasil com relação ao turismo cultural no XI Congresso Brasileiro do Brasil Convention, em Brasília. O tema foi: O Patrimônio + Turismo como estratégia para o turismo cultural: um nicho de mercado a fomentar.

Kátia Bogéa palestrante.

 Kátia explicou que o conjunto de bens e manifestações culturais protegidos em todo o  Brasil possui grande potencial turístico que, objetivamente trabalhado e qualificado, pode despertar, em cada cidadão, o desejo de explorá-lo e a responsabilidade de preservá-lo. É com esse olhar que o Iphan busca atuar e implementar ações que incentivam o turismo cultural e a palestra trouxe essa abordagem do Patrimônio + Turismo  aos participantes.

“O Turismo cultural é tendência. O Brasil possui atrativos, mas dada a sua dimensão continental, a gestão do patrimônio histórico é complicada”.

COMO INTEGRAR O PATRIMÔNIO HISTÓRICO AO TURISMO

A presidente do Iphan mostrou aos participantes do Congresso do Brasil Convention, em sua maioria empresários do turismo e dirigentes dos escritórios de Convention Bureau de várias regiões do país, a importância de integrar o patrimônio histórico ao turismo.

Ela explicou que o Brasil possui 21 bens declarados patrimônio mundial pela Unesco, 14 desses são bens culturais. São sete cidades históricas: Ouro Preto, São Luis, Olinda, Diamantina, Salvador, Cidade de Goiás e São Cristóvão; dois conjuntos arquitetônicos urbanos: Santuário do Bom Jesus, em Congonhas e o conjunto moderno da Pampulha, em Minas Gerais, além de sítios arqueológicos, paisagens urbanas e naturais. Kátia defendeu que cada região identifique seu patrimônio histórico e insira nos destinos turísticos.

“Mas, temos que perguntar: o destino está preparado para o turismo? Está qualificado?”

AS DEMANDAS DO IPHAN PARA VALORIZAR O PATRIMÔNIO HSITÓRICO NACIONAL

Em razão dessas necessidades, Kátia Bogéa explicou as demandas do Iphan. Entre eles, investimentos para a proteção do sítio histórico. “Sabemos que o poder público não consegue tomar conta de tudo, por isso defendo as parcerias público privadas para a obtenção de recursos para a preservação do bem histórico e sua rentabilização”.

Segundo ela, também é preciso trabalhar a capacidade de carga, como número de leitos na rede hoteleira e os meios de transporte, assim como a capacidade de acolhimento ao turista, base do turismo cultural. “Precisamos de integração entre as pessoas do turismo com o patrimônio histórico”.

A presidente do Iphan citou como exemplo Portugal que, em pouco tempo, conseguiu transformar o país em destino mundial e obter ótimas receitas justamente com o turismo cultural.

“Estamos trabalhando para integrar nosso patrimônio histórico aos destinos turísticos elaborando o Programa Nacional de Turismo Cultural que, em breve será lançado”

Ascom – Brasil C&VB – www.brasilcvb.com.br

Jornalista Mirtes Wiermann

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