Fosfateira a ser construída na cidade de Anitápolis. Uma tragédia anunciada.

Fosfateira a ser construída na cidade de Anitápolis
Existe já há 10 anos atividades e ações, ONG Montanha Viva e a Defensoria Pública da União, contra a instalação da extração de fosfato. Inicialmente o local da mineração foi adquirido pela Empresa Bunge e Yara Fertilizantes, e posteriormente revendido à Vale do Rio Doce. Recentemente,  no ultimo dia 04 de abril o TRF4 decidiu a em favor da Vale, possibilitando que os estudos e futura construção da Fosfateira prosseguissem na região. A Vale ! Responsável pelo CRIME DE BRUMADINHO, e pelo CRIME continuado em MARIANA, que permanece diariamente violando e não reconhecendo o direito das populações atingidas em Minas Gerais!
Empreendimentos como este geram prejuízos sem medidas!
– sucateamento das estradas, sucateamento da educação, sucateamento da saúde,  destruição da cultura local, destruição dos laços comunitários, expulsão de famílias de suas comunidades.
O empreendimento pretende desmatar aproximadamente 300 hectares de Mata Atlântica, sendo que a mata nativa dará lugar a uma Mina a céu aberto! e uma fábrica que vai realizar a exploração de jazidas de fosfato e a produção de *ácido sulfúrico* neste pequeno município de aproximadamente 3 mil habitantes.
A região, de grande atividade da agricultura familiar, é uma das áreas mais belas de Santa Catarina, berço e nascente de importantes rios. A Mineradora será construída dentro da bacia hidrográfica do rio dos Pinheiros, que faz parte da bacia hidrográfica do rio Braço do Norte, formada por 19 rios nos municípios de Anitápolis, Santa Rosa de Lima, Rio Fortuna, Grão Pará, Braço do Norte e São Ludgero. 
O complexo industrial, pretende construir *DUAS BARRAGENS DE REJEITOS*, cada uma com 80 metros de altura, nos moldes das barragens de Mariana e Brumadinho, e atingirá áreas de preservação permanente, unidades de conservação, lagunas e áreas costeiras. Isso terá impacto de forma significativa em *dezenas de cidades catarinenses*!
O enxofre, necessário para a produção, será importado pelo porto de Imbituba e transportado até Anitápolis por caminhões. Em seguida, o produto será levado via rodoviária até Lages. Na cidade, um galpão armazenará o fertilizante antes de ser distribuído para a região Sul. Isso significa uma *grande quantidade de caminhões com produtos químicos poluentes circulando diariamente na região*!
Se não tivesse sido impedida até agora a construção dessas barragens, teríamos tido a morte de milhares de pessoas da bacia hidrográfica do rio Tubarão, já que foi constatado que o cálculo de engenharia estava errado na identificação das rochas que as sustentariam nas laterais dos morros. Além disso, o laudo dizia que a quantidade de chuvas na região é muito menor do que na realidade é.
Movimento dos Atingidos por Barragens, SC.

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