Viajantes falam sobre suas experiências visitando destinos em períodos com menor circulação de turistas
Fazer uma viagem durante as férias, feriados ou folgas do trabalho é desejo de consumo de muita gente, principalmente se for possível conseguir preços mais baixos e aproveitar o melhor de cada lugar. Para isso, existem algumas estratégias já conhecidas por quem viaja com frequência, e uma delas é visitar destinos durante a baixa temporada, período em que o fluxo de turistas diminui.
Para a servidora pública Raíssa Timbó, que viaja entre quatro a cinco vezes por ano, fazer turismo durante a baixa temporada pode possibilitar um melhor aproveitamento dos serviços e experiências de cada lugar.
“Em alta temporada, algumas cidades ficam muito lotadas, sendo mais difícil fechar passeios. Às vezes, em restaurantes, se não fizer reserva, ficamos esperando muito tempo do lado de fora para conseguir entrar. Tem menos opção de hospedagem disponível, acabando por pagar muito caro pelo que alguns hotéis oferecem. Na baixa temporada não tem muito disso”, argumenta Raíssa.
No Brasil, a alta temporada geralmente ocorre durante os meses de janeiro, julho e dezembro, além dos feriados. Mas é importante sempre pesquisar antes de se aventurar por aí, pois essa época de grande demanda turística pode variar de acordo com as especificidades de cada destino.
No município de Barreirinhas, uma das principais portas de entrada para o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, a alta temporada ocorre principalmente nos meses de junho a agosto. De acordo com dados do Observatório do Turismo do Maranhão, a rede hoteleira local registrou mais de 80% de ocupação durante esse período no ano passado. Já os meses próximos, maio e setembro, tiveram índices acima de 60%, taxa superior aos demais meses do ano.
Fora da época de maior demanda, é comum os meios de hospedagem trabalharem com tarifas diferenciadas, como é o caso do Vila Aty Eco Lodge, hotel ecológico e sustentável localizado no povoado Atins, em Barreirinhas.
“Economia não é a única vantagem, pois Atins dispõe de atividades mesmo na baixa temporada. Por exemplo, de fevereiro a maio, quando o aumento do volume das chuvas faz romper as lagoas dos Lençóis, formam-se a Cachoeira do Bonzinho e o Poço Verde (ou Poço Azul), bons locais para banho. Além disso, fazer pescaria, trilhas de quadriciclo e praticar stand up paddle e caiaque também são uma boa pedida”, recomenda o empresário Saulo Prazeres, um dos responsáveis pelo Vila Aty.
Raíssa Timbó, que já viajou ao povoado duas vezes durante a baixa temporada, conta ter escolhido o destino para aproveitar a praia de Atins, visitar restaurantes durante a noite e usufruir das comodidades oferecidas dentro das dependências do hotel escolhido por ela. “Fui para relaxar e descansar, foi perfeito”, avalia.
Ian Dias, profissional de educação física que viaja, em média, quatro vezes por ano, já esteve no vilarejo Atins tanto na alta quanto na baixa temporada, e diz ter aprovado a experiência em ambos os períodos. “Atins é um verdadeiro paraíso muito perto de São Luís. Ali temos um momento em que podemos nos desligar um pouco do trabalho e nos conectar mais com a gente mesmo, com a família, com os amigos”, elogia.
Recentemente, o profissional de educação física ficou hospedado no Vila Aty durante um final de semana, e conta ter tido uma experiência excelente, mesmo tendo enfrentado um dia de chuva durante sua estada.
“Eu acho que precisamos estar em um lugar onde, mesmo com chuva, a gente tenha opções de atividade. Eu gosto muito do clima do hotel, do atendimento, tomar uma bebida na piscina, ir andando para a praia, ir a um restaurante mais perto à noite, ir aos bares da praia, que sempre está abrindo um estabelecimento novo”, detalhou.